sábado, 17 de abril de 2021

[0281] O Dia da Terra

No próximo dia 22 celebra-se pela 52ª vez o Dia da Terra.
A sua primeira manifestação ocorreu em 22 de Abril de 1970, por iniciativa do activista ambiental, e senador, Gaylord Nelson.
Como resultado da pressão social que começou a ser exercida, o governo norte-americano criou a Agência de Proteção Ambiental e publicou diversas leis que lhe proporcionavam instrumentos de actuação.
Em 1972 realizou-se o primeiro encontro internacional sobre o meio ambiente, a Conferência de Estocolmo, que visou sensibilizar os governos de todo o mundo para os problemas ambientais.
Em 2009 a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceram a importância desta celebração, instituindo-a como Dia Internacional da Mãe Terra.

O poeta e diplomata indiano Adhay K. escreveu para este dia o seguinte «Hino da Terra»:

 

O nosso oásis cósmico, a pérola cósmica azul
O planeta mais bonito do universo
O nosso oásis cósmico, a pérola cósmica azul
Todos os continentes e oceanos do mundo
Juntos flora e fauna juntos espécies tudos
Preto, castanho, branco, cores diferentes
Somos humanos, a terra é o nosso lar

O nosso oásis cósmico, a pérola cósmica azul
O planeta mais bonito do universo
Todos os povos e todas as nações do mundo
Todos por um, um por todos
Juntos desenrolamos a bandeira azul
preto, castanho, branco, cores diferentes
Somos humanos, a terra é o nosso lar.

 

Duas fotografias que ilustram, neste início de 2021, a exuberância da Natureza apesar das condições inóspitas que por vezes enfrenta:




Fonte: Wikipédia
Fotografias (na vizinhança do Farol do Cabo Espichel): Pedro Esteves

sábado, 10 de abril de 2021

[0280] Recursos (I): a Biblioteca Digital Mundial

Esta biblioteca já aqui foi apresentada há dois anos e meio, na mensagem «0168». Desta vez, para abrir uma série de mensagens dedicadas aos «recursos» (que vão sendo organizados em pasta própria neste blogue), mas também porque estão a ser completados os seus 12 primeiros anos de existência, são-lhe acrescentas algumas informações dizendo respeito à história, à organização e ao acervo.


Marcos cronológicos da criação da Biblioteca Digital Mundial:

Junho de 2005: o bibliotecário do Congresso Norte Americano, James H. Billington, propõe à UNESCO a criação de uma Biblioteca Digital Mundial.
Dezembro de 2006: a UNESCO e a Biblioteca do Congresso Norte Americano co-patrocinam uma Reunião de Peritos com as principais partes interessadas de todas as regiões do mundo; dela resulta a decisão de formar grupos de trabalho para desenvolver normas e diretrizes para seleção de conteúdos.
Outubro de 2007: a Biblioteca do Congresso e cinco instituições parceiras apresentam um protótipo da futura Biblioteca Digital Mundial na Conferência Geral da UNESCO.
Abril de 2009: a Biblioteca Digital Mundial é lançada para o público internacional, com conteúdo sobre cada estado-membro da UNESCO.

Os seus documentos estão organizados de diversas formas: região mundial, país, língua, assunto, etc. E também de acordo com seu o suporte e tipo, que são: Imagens e Fotografias; Jornais; Livros; Manuscritos; Diários; Mapas; Registos fonográficos; e Filmes.

Entre os documentos sobre Portugal encontram-se um
mapa de Lisboa , produzido em 1785 (trinta anos após o grande terramoto e o Roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia, 1497-1499 (ver em: https://www.wdl.org/pt/item/10068/view/1/63/): A descrição que é feita deste é a seguinte:

Este manuscrito é a única cópia conhecida de um relato que acredita-se ter sido escrito a bordo durante a primeira viagem marítima de Vasco da Gama à Índia. O texto original, que foi perdido, é muitas vezes atribuído a Álvaro Velho, que acompanhou Vasco da Gama à Índia em 1497-1499, mas que não voltou para Portugal com a expedição, permanecendo por oito anos em Gâmbia e Guiné. O manuscrito é anónimo e sem data, porém a análise paleográfica atribui sua datação à primeira metade do século XVI. O documento descreve a viagem para a Índia e o contato com diferentes povos nas costas da África e da Índia. Ele fala sobre doenças, plantas e animais, reféns, títulos e profissões, armas de guerra, comida, pedras preciosas, desafios de navegação e vários outros tópicos. Anexado ao corpo principal do texto encontram-se uma descrição de alguns dos reinos do Oriente, uma lista de especiarias e outras mercadorias e seus preços, e um vocabulário da linguagem de Calecute. Com uma letra de mão diferente, novos títulos foram adicionados, como Descobrimento da Índia por Vasco da Gama, na folha 1, e Relação do descobrimento da Índia por Vasco da Gama, na folha de guarda inicial. O manuscrito permaneceu durante séculos nas coleções do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Em 1834 ele foi transferido para a Biblioteca Pública Municipal do Porto. A viagem de Vasco da Gama em torno do Cabo da Boa Esperança rumo à Índia foi um evento de enorme importância histórica. Além de ser um dos grandes atos da navegação europeia, o feito lançou as bases para o Império Português, que duraria por séculos, e estabeleceu novos contatos entre a Europa e as civilizações da Ásia, fixando um marco no início do processo que mais tarde veio a ser chamado de «globalização». O Roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama à Índia entrou para o Registro da Memória do Mundo da UNESCO em 2013.


Fonte: sítio da World Digital Library

sábado, 3 de abril de 2021

[0279] Moinhos da Nossa Banda

O Dia Nacional dos Moinhos é comemorado em 7 de Abril, tendo essa comemoração já aqui sido referida nas mensagens «0047» (2017) e «0184» (2019). Dadas as restrições que estamos a viver, este dia não contou em 2020 (e não contará em 2021) com a iniciativa Moinhos Abertos.
Os moinhos da Nossa Banda que estiveram abertos nas comemorações de 2017 foram os seguintes:
Três moinhos de vento: Moinho Nascente da Alburrica, no concelho do Barreiro; Moinho do Esteval, no concelho do Montijo; e Moinho da Serra do Louro, no concelho de Palmela;
Dois moinhos de maré: Moinho de Maré do Cais, no concelho do Montijo; e Moinho de Maré de Corroios, no concelho de Seixal;
E ainda dois moinhos de tracção mecânica: Moinho das Galgas, num lagar de Azeite do concelho do Montijo, e Moagem de Sampaio, no concelho de Sesimbra.

Há pelo menos mais um moinho de vento que poderá estar aberto na próxima iniciativa dos Moinhos Abertos, o Moinho do Outeiro, no concelho de Sesimbra. E dois moinhos de maré: o Moinho de Maré de Alhos Vedros (mensagem «0097»), no concelho da Moita, e o Moinho de Maré da Mourisca (mensagens «0130» e «0155»), no concelho de Setúbal.
Portanto, na Nossa Banda, moinhos patrimonializados não faltam!

Em circunstâncias normais o Moinho de Maré de Corroios, além de ser visitável é sede de ateliês destinados a alunos das escolas, quer do concelho de Seixal, quer vindos de escolas de várias partes do país, dinamizados pelo Serviço Educativo do Ecomuseu Municipal do Seixal. A exploração pedagógica que as escolas podem fazer destes ateliês permite-lhes estabelecer ligações à Astronomia, à Física, à Geometria, à História e à Mecânica.

Este moinho foi construído há mais de 600 anos, no século XIV, e a sua estrutura original foi preservada, apesar das ampliações de que beneficiou (e da destruição parcial pelo terramoto de 1755).
Através desta vista aérea pode ver-se a água aprisionada na Caldeira (parte inferior da imagem) durante a maré cheia, que depois será deixada sair de modo a movimentar os rodízios (submersos) que por sua vez movimentarão as mós:


Esquema do funcionamento mecânico de um moinho de maré:


Pode ver dois vídeos interessantes sobre moinhos, um sobre o Moinho do Outeiro (em https://www.youtube.com/watch?v=WVci7XuYtDM) e outro sobre o funcionamento de um moinho de vento (em https://www.youtube.com/watch?v=jq7y2-2w_jU).

 

Imagem: Câmara Municipal do Seixal