sábado, 23 de fevereiro de 2019

[0179] No próximo dia 27: uma sessão para jogar, depois de pensar …


Abel Manta (1888 – 1982): Jogo de Damas
(1927, óleo sobre tela, 106 x 116 cm; colecção Museu do Chiado)

Organizada pelo Grupo Estrela Azul terá lugar na Associação Almada Mundo, na próxima 4ª feira, dia 28 de Fevereiro, a partir das 15h00, uma sessão sobre Jogos de Reflexão. A participação é livre.

Haverá 13 jogos à disposição, a maioria para 2 jogadores (alguns podem ser disputados por 3 ou 4). E o objectivo é jogá-los pensando um pouco, num ou noutro caso, nas estratégias envolvidas …
Lista dos 13 jogos:


Informação: a Associação Almada Mundo está situada na Praça Capitães de Abril nº 2 A e B, Cova da Piedade.



domingo, 17 de fevereiro de 2019

[0178] O Museu Industrial da Baía do Tejo, no Barreiro


A Companhia União Fabril (CUF) teve origem em Lisboa, em 1865, tendo as suas instalações fabris sido transferidas para o Barreiro no início do século XX.
De modo a transportar os Adubos aí fabricados, iniciou-se, em paralelo, a produção de sacos de Juta (uma planta de origem asiática) e, em 1935, uma Central Diesel para lhe fornecer a energia necessária.

Após o desmantelamento do enorme complexo industrial da CUF, a recuperação do edifício da Central Diesel teve início em 1999, sendo oficialmente inaugurado como museu no final de 2004.

1974: o complexo industrial
(vista aérea, de Poente para Nascente; fotografia exposta no museu, fotografada por Pedro Esteves)

Hoje: o parque empresarial
(vista de Sul para Norte; fotografia retirada de www.baiadotejo.pt

Fonte: Baía do Tejo (folheto, sem data)

sábado, 9 de fevereiro de 2019

[0177] Sob a toponímia, o passado: algumas ruas de Corroios, do Laranjeiro e do Feijó

A actual malha urbana das freguesias de Corroios, do Laranjeiro e do Feijó foi grandemente construída nas últimas seis décadas, transformando os campos, as quintas e os dispersos núcleos urbanos que nelas existiam.
Os nomes que foram dados a muitas das novas ruas reflectiram o que tinha acabado de ser substituído, ou que já começara a ser substituído há mais tempo, e cuja memória deixou saudades.

Agora que a Natureza está a começar a reagir ao que pode ter sido o curto Inverno de 2018-19, os nomes de algumas dessas ruas sugerem-nos como outrora a reacção da Natureza ao Inverno seria expressa de um modo muito mais intenso.
A Estrada dos Álamos, que começa por trás da bomba de gasolina do Laranjeiro, passa pela Quinta de Santo Amaro (de que é hoje utilizada a «Casa Amarela») e se transforma em Rua do Trevo ao entrar na freguesia de Corroios, é um bom exemplo desse contraste entre o que foi ontem e o que é hoje o anúncio da Primavera pela Natureza:







Mas há outros nomes que lembram as profundas mudanças introduzidas pela malha urbana na livre expressão da Natureza.

Na freguesia de Corroios existe uma Rua das Flores, que desce de Miratejo até à Quinta do Rouxinol (onde está situado o Moinho de Maré) e que tem, a Nascente, a Rua das Palmeiras.
Imediatamente a Poente da Rua das Flores situam-se: a Rua das Manjeronas; a Rua do Alecrim; a Rua das Camélias; a Rua das Orquídeas, que forma uma inabitual curva fechada, no interior da qual se situam a Rua dos Malmequeres e a Praceta dos Malmequeres; a Praceta das Orquídeas; a Rua do Girassol, a Rua dos Cactos; a Rua da Madressilva e a Praceta da Madressilva; a Praceta das Flores; e a Rua das Oliveiras.
E para Poente da Auto-estrada existem ainda: uma outra Rua do Alecrim, a Rua das Azinheiras, a Rua das Olaias, a Rua dos Sobreiros (uma árvore que deixou muitos exemplares até aos dias de hoje), a Rua das Palmeiras, a Rua das Amoreiras, a Rua das Acácias, a Rua das Tílias, a Rua dos Eucaliptos, a Rua dos Pinheiros, a Rua da Quinta dos Medronheiros, etc., etc., etc. …

Na freguesia do Laranjeiro, a Rua dos Eucaliptos lembra uma Quinta dos Eucaliptos que já não existe; ela e uma outra Rua das Flores ladeiam, respectivamente a Norte e a Nascente, o Parque Luís de Sá. um pouco mais a Norte, perto dos muros do Alfeite, existe uma Rua das Laranjeiras e uma Travessa das Laranjeiras.

Na freguesia do Feijó, quem parte do Complexo Municipal dos Desportos e sobe para o Laranjeiro fá-lo pela Rua dos Castanheiros, onde os jardineiros da Câmara Municipal de Almada plantaram, para nos amenizar as saudades, Castanheiros-da-Índia (à esquerda) e Ameixoeiras-de-jardim (à direita).
Mais perto da fronteira com a freguesia de Corroios encontra-se uma Rua da Quinta das Amoreiras (outra árvore que parece ter sido frequente nesta região, dados os exemplares que ainda hoje subsistem).

Fonte: sítio da Google Maps

Fotografias: Pedro Esteves

sábado, 2 de fevereiro de 2019

[0176] Uma visão artística do património do Seixal


Situado na marginal que acompanha o Rio Judeu na direcção do Seixal (a Avenida da República), e logo a seguir ao desvio para a Avenida José Afonso, foi inaugurado em 2018 um mural de azulejos de Albino Moura intitulado Cidade do Seixal.

Neste mural podem ser encontrados elementos do património natural, edificado e laboral associados a este concelho: os seixos fluviais que, supõem-se, terão estado na origem do seu nome; os flamingos e outras aves que são hoje visíveis no esteiro e em terra; a primeira riqueza trabalhada nesta região, a piscícola e a agrícola; as grandes ferramentas que exploraram essa riqueza, como os moinhos (de vento, de maré), as embarcações (em particular a Muleta), as redes e, mais tarde, as fábricas (nomeadamente as que transformaram a cortiça); e os edifícios em que tradicionalmente se viveu e também aqueles com que as instituições, antigas e modernas, se afirmaram:

(composição de 3 fotografias, recortadas, de Eva Maria Blum)