A Organização Mundial da Saúde realiza, de 4 em 4 anos e desde
1998,
um inquérito dirigido aos adolescentes de algumas dezenas de países visando
determinar os hábitos, consumos e comportamentos que têm impacto na sua saúde
física e mental.
Nas mensagens «0015», «0016» e «0017» foram referidos alguns
resultados gerais da edição de 2014 desse inquérito e na mensagem «0064» foi
abordado o aspecto particular da obesidade dos nossos jovens.
Para o inquérito de 2018, que visou obter dados para cinco estudos
diferentes, foram questionados em Portugal quase sete mil jovens, que
frequentavam o 6º, 8º, 10º e 12º anos de escolaridade. Os seus resultados já
começaram a ser divulgados. A jornalista Natália Faria intitulou assim a
notícia em que se referiu à descrição que estes jovens fizeram da sua relação
com a escola: Adolescentes
portugueses estão exaustos. Os que não gostam da escola triplicaram nos últimos
20 anos.
Eis alguns dos
dados apresentados nessa notícia:
Em 1998, 13,1 % dos inquiridos disseram não gostar da escola.
Em 2018 disseram-no 29,6 %.
Em 1998, 3,8 % dos inquiridos queixaram-se da
pressão com os trabalhos da escola.
Em 2018 queixaram-se 13,7 %.
Em 2010, 69,3 % dos inquiridos do 8º e do 10º ano pretendiam ir para a
universidade.
Em 2018 apenas 54,8 % o pretendiam.
Este ano, 17,9 % dos inquiridos disseram-se cansados e
exaustos “quase todos os dias”, 12,7 % acusaram dificuldades em adormecer e 5,9 % confessaram que se sentem “tão tristes que não
aguentam”.
Este ano,
87,2
% dos inquiridos queixaram-se de a matéria escolar ser demasiada, 84,9 % de ser aborrecida e 82 % de ser difícil. E 56,9 % de a pressão para que tenham
boas notas também ser exercida pelos seus pais.
Este ano, 51, 8% dos inquiridos consideraram-se maus alunos.
E entre os do 8º e 10º ano, 56,6 % declararam passar
várias horas por dia ao telemóvel.
Fonte: notícia
de Faria (2018)
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