sábado, 25 de março de 2017

[0045] Fundação da FERSAP (Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais), em 5 de Maio de 1989

O protagonismo das Associações de Pais na organização do «II Encontro / Debate sobre a Situação do Ensino em Almada e Seixal» (mensagem «0044») resultou da sua maior capacidade de intervenção, após terem fundado, menos de duas semanas antes, a Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais (FERSAP):


Fonte jornalística: Fonseca, 1989 (b)

[0044] O «II Encontro / Debate sobre a Situação do Ensino em Almada e Seixal», realizado em 17 de Junho de 1989

     Recorte enviado por António Amaral, desde há muito activista da FERSAP

Dois anos e meio antes, em 22 de Novembro de 1986, tinha sido realizado um I Encontro / Debate (mensagem «0019»), também na Escola Secundária a Emídio Navarro.


Segundo esta notícia, os temas do II Encontro / Debate, em 1989 mantiveram-se aproximadamente os mesmos, tendo as Associações de Pais assumido maior protagonismo na organização:




Fonte jornalística: Fonseca, 1989 (a)

terça-feira, 21 de março de 2017

[0043] Ensinar e aprender: «conhecimentos» ou «competências»?

Um grupo de trabalho nomeado pelo Ministério da Educação elaborou uma proposta de perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória onde estabeleceu dez competências transversais às disciplinas que os estudantes deverão adquirir ao longo dos 12 anos que frequentam a escola.
Essas competências referem-se a: linguagem e textos; informação e comunicação; raciocínio e resolução de problemas; pensamento crítico e pensamento criativo; relacionamento interpessoal; autonomia e desenvolvimento pessoal; bem-estar e saúde; sensibilidade estética e artística; saber técnico e tecnologias; consciência e domínio do corpo. E cada uma delas é complementada pelos respectivos objectivos de aprendizagem.
Esta proposta esteve em consulta pública até 13 de Março, não estando ainda feito o seu balanço.


O Conselho Nacional da Educação, um órgão consultivo do Parlamento e do Governo, fez um apanhado da legislação que implicou alterações curriculares, verificando que desde o ano 2000 elas foram pelo menos 14:


Numa primeira abordagem à proposta de perfil do aluno da responsabilidade do Ministério da Educação, o Conselho Nacional da Educação considerou que a estruturação do ensino por competências pressupõe uma mudança da abordagem curricular que tem sido seguida em Portugal, essencialmente estruturada por conhecimentos. E mostrou preocupação com a possível instabilidade de rumo e estratégias do nosso sistema educativo que esta nova mudança pode acarretar.

Fonte jornalística (texto e imagem): Viana (2017b)

domingo, 12 de março de 2017

[0042] O tempo que os professores hoje trabalham

Visando conhecer os horários de trabalho dos docentes, a Federação Nacional de Professores realizou um inquérito a que foram dadas 5 709 respostas, aproximadamente 10 % do total dos docentes do ensino público.


Segundo os resultados deste inquérito, os professores trabalham, em média, mais de 46 horas por semana quando o seu horário, por lei, deveria ser de 35 horas.
As chamadas «componente lectiva» (tempo de aulas) e «componente não lectiva» (apoio aos alunos, reuniões, etc.) estão dentro dos limites estabelecidos pela lei. O que já não acontece com a chamada «componente de trabalho individual»: os professores inquiridos afirmam que, em média, despendem 23 horas por semana na preparação de aulas, na correcção de testes, fichas e trabalhos para casa e nas tarefas administrativas, entre outras actividades. Esta componente não deveria ultrapassar as 11 horas semanais.
Segundo o Sindicato, os resultados do inquérito demonstram que os professores tinham razão quando apontavam os horários de trabalho como “um dos maiores problemas que enfrentam diariamente”. Pelo que voltará a reivindicar que a atribuição de tarefas aos professores seja compatível com o horário de 35 horas semanais e que sejam clarificadas as actividades que se incluem na componente lectiva e aquelas que fazem parte da não lectiva, onde entram actualmente por exemplo os apoios extra aos alunos (que o Sindicato considera serem actividades “claramente lectivas”).

Fonte: Viana (2017a)

sábado, 4 de março de 2017

[0041] O Plano Nacional de Cinema

O Plano Nacional de Cinema (PNC) foi previsto como um programa de literacia para o cinema e de divulgação de obras cinematográficas nacionais junto do público escolar, garantindo instrumentos essenciais e leitura e interpretação de obras cinematográficas junto dos alunos das escolas abrangidas. Foi regulamentado pelo Despacho n.º 15377/2013 e é operacionalizado centralmente pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual, pela Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema e pela Direção-Geral da Educação (www.dge.mec.pt/plano-nacional-de-cinema)


Na introdução da «Informação Nº 2» que o PNC destinou às escolas pode ler-se:

“A lista de filmes do PNC para 2016-2017 constitui-se como um documento de referência, de modo a viabilizar uma operacionalização de atividades autónoma por parte dos estabelecimentos de ensino. Critérios gerais de seleção das obras cinematográficas A lista de filmes do PNC integra-se numa estratégia cultural que visa:
·      Garantir o visionamento de um conjunto diversificado de filmes considerados significativos para serem estudados a nível nacional, razão pela qual a lista é idêntica para todas as escolas, sem prejuízo do visionamento de outros filmes além dos que constam dela, no caso de escolas que, apesar de integrarem o PNC, já tenham programas anteriores de educação para o cinema e/ou planos de atividades aprovados e/ou parcerias com associações e/ou organismos nacionais e/ou internacionais que incluam o visionamento de outras obras cinematográficas de interesse pedagógico relevante.
·      Respeitar critérios de abrangência, garantindo opções possíveis num quadro do estudo de produções cinematográficas diversificadas, contemplando diferentes categorias, géneros e cinematografias, de modo a desenvolver de forma sustentada o nível de literacia cultural por parte dos alunos.
·      Acautelar que os alunos, em cada ano de escolaridade possam, progressivamente, visionar e analisar produções consideradas pertinentes, ao nível de curtas-metragens e longas-metragens de animação e/ou documentário e ficção.
·      Divulgar junto das escolas obras marcantes e representativas de diversas fases da História do Cinema.
·      Possibilitar, a partir de um conjunto de obras representativas em função dos critérios anteriormente definidos, o desenvolvimento da análise fílmica a partir das potencialidades intrínsecas da linguagem cinematográfica (planos, ângulos, 2 movimentos de câmara, tratamento da cor, luz, som, recursos de montagem, entre outros).
·      Constituir-se como um ponto de partida de um plano mais vasto de literacia fílmica; nesse sentido, a lista de filmes do PNC é anual e, no final do ano letivo, é atualizada, admitindo novas propostas de inserção de obras cinematográficas e integrando as sugestões provenientes de entidades diversas ligadas ao cinema.
·      Ampliar, sempre que possível, o leque de possibilidades de cruzamento e integração de conteúdos entre disciplinas das diversas áreas científicas do currículo, no sentido de proporcionar experiências culturais enriquecedoras aos alunos e às comunidades educativas.
·      Garantir a divulgação de obras de produção nacional.”

Esta introdução e a lista de filmes a que alude podem ser acedidas em: