Visando
conhecer os horários de trabalho dos docentes, a Federação Nacional de Professores realizou um inquérito a que foram dadas 5 709 respostas,
aproximadamente 10 % do total dos docentes do ensino público.
Segundo
os resultados deste inquérito, os professores trabalham, em média, mais de 46
horas por semana quando o seu horário, por lei, deveria ser de 35 horas.
As chamadas «componente lectiva» (tempo de aulas) e «componente
não lectiva» (apoio aos alunos, reuniões, etc.) estão dentro dos limites
estabelecidos pela lei. O que já não acontece
com a chamada «componente de trabalho individual»:
os professores inquiridos afirmam que, em média, despendem 23 horas por semana
na preparação de aulas, na correcção de testes, fichas e trabalhos para casa e
nas tarefas administrativas, entre outras actividades. Esta componente não
deveria ultrapassar as 11 horas semanais.
Segundo
o Sindicato, os resultados do inquérito demonstram que os professores tinham
razão quando apontavam os horários de trabalho como “um dos maiores problemas
que enfrentam diariamente”. Pelo que voltará a reivindicar que a atribuição de
tarefas aos professores seja compatível com o horário de 35 horas semanais e
que sejam clarificadas as actividades que se incluem na componente lectiva e
aquelas que fazem parte da não lectiva, onde entram actualmente por exemplo os
apoios extra aos alunos (que o Sindicato considera serem actividades “claramente
lectivas”).
Fonte: Viana (2017a)
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