terça-feira, 21 de março de 2017

[0043] Ensinar e aprender: «conhecimentos» ou «competências»?

Um grupo de trabalho nomeado pelo Ministério da Educação elaborou uma proposta de perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória onde estabeleceu dez competências transversais às disciplinas que os estudantes deverão adquirir ao longo dos 12 anos que frequentam a escola.
Essas competências referem-se a: linguagem e textos; informação e comunicação; raciocínio e resolução de problemas; pensamento crítico e pensamento criativo; relacionamento interpessoal; autonomia e desenvolvimento pessoal; bem-estar e saúde; sensibilidade estética e artística; saber técnico e tecnologias; consciência e domínio do corpo. E cada uma delas é complementada pelos respectivos objectivos de aprendizagem.
Esta proposta esteve em consulta pública até 13 de Março, não estando ainda feito o seu balanço.


O Conselho Nacional da Educação, um órgão consultivo do Parlamento e do Governo, fez um apanhado da legislação que implicou alterações curriculares, verificando que desde o ano 2000 elas foram pelo menos 14:


Numa primeira abordagem à proposta de perfil do aluno da responsabilidade do Ministério da Educação, o Conselho Nacional da Educação considerou que a estruturação do ensino por competências pressupõe uma mudança da abordagem curricular que tem sido seguida em Portugal, essencialmente estruturada por conhecimentos. E mostrou preocupação com a possível instabilidade de rumo e estratégias do nosso sistema educativo que esta nova mudança pode acarretar.

Fonte jornalística (texto e imagem): Viana (2017b)

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