O Sobreiro é um Carvalho, sendo cientificamente
designado por Quercus
suber.
É uma árvore original do Mediterrâneo ocidental, onde no passado
formou extensos bosques naturais, em associação com outros carvalhos (género Quercus). Actualmente está confinado a
formações agro-silvo-pastoris denominados montados,
encontrando-se distribuído por Portugal (33 %), por Espanha (23 %), por Marrocos,
Argélia e Tunísia (em conjunto 33 %) e por Itália e França (em conjunto 11 %).
A cortiça que reveste o Sobreiro protege-o de
incêndios, de fungos e de parasitas e abriga importantes comunidades de
insectos. E é uma importante matéria-prima para a economia.
É pela primeira vez extraída de cada sobreiro por volta dos seus
20 anos de idade, voltando a ser retirada de 9 em 9 anos, até cerca dos seus 140
anos (no entanto a árvore pode viver até aos 300 anos).
Após ser retirada do Sobreiro, no Verão, a cortiça, é
empilhada em placas, ao ar livre, assim permanecendo durante alguns meses. Depois
é cozida, selecionada e de novo armazenada, até seguir para a transformação industrial,
ainda muito destinada ao fabrico de rolhas, mas abrangendo já uma grande
diversidade de outros produtos (desde materiais isolantes a calçado e peças de
vestuário e de design).
Nos últimos anos a produção e a transformação do Sobreiro
tem procurado apoiar-se nos resultados dos estudos científicos que têm vindo
crescentemente a ser realizados, nomeadamente para resolver problemas
relacionados com a sobrevivência desta árvore e com a qualidade da sua cortiça.
A sequência de ADN é um desses estudos, tendo há dias sido publicada
uma sua primeira versão, no âmbito do projecto “Genosuber
– Sequenciação do Genoma do Sobreiro”, com base num Sobreiro que se
encontra na Herdade dos Leitões, em Montargil:
Na Nossa Banda, a economia do Sobreiro teve grande
importância entre os finais do século XIX e grande parte do século XX.
Fontes:
bibliográfica, Gomes (2013; p. 22); jornalística, Serafim (2018)