As Nações Unidas e a UNESCO tomaram a decisão de
comemorar os 150 anos da criação, por Dmitry Mendeleev, de um dos mais importantes instrumentos
na história da ciência.
Mendeleev começou por criar uma
ficha de papel para cada um dos 63 elementos químicos então conhecidos. Depois
alinhou as fichas, por ordem crescente de massa atómica e por coluna dos elementos
com propriedades semelhantes, reparando existir entre os elementos uma rede de
relações verticais, horizontais e diagonais.
Existiam lugares vazios nesta
disposição das fichas, o que levou Mendeleev a admitir que eles correspondiam a
elementos ainda não descobertos, cujas propriedades físico-químicas podiam ser
previstas a partir da lógica do sistema que tinha criado. E, de facto, acertou nas
propriedades de sete desses elementos ainda desconhecidos. Estava-se em 1869.
Quase meio século depois, em 1913, Henry Moseley, ao analisar os
espectros de raios-x dos 83 elementos já conhecidos, encontrou uma relação
matemática entre o comprimento de onda e o número atómico de cada elemento,
provando que o número atómico era a informação mais importante para prever o seu
comportamento. Ao dispor os elementos químicos por ordem crescente do seu
número atómico, Moseley criou a tabela periódica tal como ainda hoje é usada:
As comemorações são também momentos em que se pode e deve pensar
nos aspectos menos simpáticos do uso aquilo que se comemora. A European
Chemical Society criou uma variante da tabela periódica em que se
destaca a abundância / escassez de cada elemento químico, a sua utilização ou
não no fabrico de smartphones e os
conflitos políticos / militares em que a respectiva extracção está ou não envolvida:
Fontes: sítios
da Ciência Viva (texto e 2ª imagem) e da Tabela Periódica.org (1ª imagem)
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