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sábado, 23 de março de 2019

[0182] 2019: Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos


As Nações Unidas e a UNESCO tomaram a decisão de comemorar os 150 anos da criação, por Dmitry Mendeleev, de um dos mais importantes instrumentos na história da ciência.

Mendeleev começou por criar uma ficha de papel para cada um dos 63 elementos químicos então conhecidos. Depois alinhou as fichas, por ordem crescente de massa atómica e por coluna dos elementos com propriedades semelhantes, reparando existir entre os elementos uma rede de relações verticais, horizontais e diagonais.
Existiam lugares vazios nesta disposição das fichas, o que levou Mendeleev a admitir que eles correspondiam a elementos ainda não descobertos, cujas propriedades físico-químicas podiam ser previstas a partir da lógica do sistema que tinha criado. E, de facto, acertou nas propriedades de sete desses elementos ainda desconhecidos. Estava-se em 1869.

Quase meio século depois, em 1913, Henry Moseley, ao analisar os espectros de raios-x dos 83 elementos já conhecidos, encontrou uma relação matemática entre o comprimento de onda e o número atómico de cada elemento, provando que o número atómico era a informação mais importante para prever o seu comportamento. Ao dispor os elementos químicos por ordem crescente do seu número atómico, Moseley criou a tabela periódica tal como ainda hoje é usada:



As comemorações são também momentos em que se pode e deve pensar nos aspectos menos simpáticos do uso aquilo que se comemora. A European Chemical Society criou uma variante da tabela periódica em que se destaca a abundância / escassez de cada elemento químico, a sua utilização ou não no fabrico de smartphones e os conflitos políticos / militares em que a respectiva extracção está ou não envolvida:


Fontes: sítios da Ciência Viva (texto e 2ª imagem) e da Tabela Periódica.org (1ª imagem)


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