Os processos de patrimonialização têm dado origem a importantes iniciativas de educação / formação, sendo a inspirada pelo Campo Arqueológico de Mértola uma das mais antigas. Recentemente, no âmbito das candidaturas da Olaria Negra de Bisalhães (Vila Real) e do Figurado em Barro de Estremoz a Património Cultural Imaterial da Humanidade (respectivamente reconhecidas pela UNESCO em 2016 e em 2017), surgiram outras iniciativas semelhantes, visando dar continuidade aos ofícios locais que estavam em risco de se perder.
Respigadas entre outras iniciativas deste género, mas não dependentes do reconhecimento por uma entidade supervisora, estão as seguintes:
As Artes e Ofícios do Espectáculo, desde 1991 associadas à Escola de Circo do Chapitô (Lisboa):
A Arte do Junco, no Mosteiro de Santa Maria de Cós (Alcobaça);
A Tecelagem, a Cestaria e a Gaita de Fole, na Escola de Artes e Ofícios resultante da parceira entre os municípios de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca e a Escola Profissional do Alto Lima;
A Cordoaria, a Tanoaria, a Olaria e a Azulejaria, desde 2013 na Escola de Artes e Ofícios de Ovar.
Na Nossa Banda, onde ainda se sentem os antigos cruzamentos do mundo rural com os ofícios do rio e do mar, temperados pelas tradições mais recentes das indústrias e das artes como as da música e as do teatro, não se justificaria a criação de uma Escola de Artes e Ofícios, capaz de contribuir para o estabelecimento de pontes entre as muitas e meritórias iniciativas e de ajudar a inventar um futuro para essas actividades?
Imagem: sítio do Chapitô
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