A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
(OCDE) divulgou há dias o seu relatório anual Education at a Glance. Nele, os
jovens portugueses surgem com taxas de inscrição no ensino superior acima da
média dos países parceiros desta organização, mas com o dobro de «nem-nem» (jovens
que nem estudam nem trabalham) que procuram emprego há mais de um ano.
De facto, entre os 19 e os 20 anos, 41 % dos nossos jovens estão
matriculados numa universidade ou num instituto politécnico, enquanto na
generalidade da OCDE a média é de 37%. Por outro lado, Portugal, com a Itália,
a Espanha e a Grécia, integra o grupo de países onde há mais jovens que não
estudam nem trabalham:
Há pelo menos dois tipos de dificuldades para aqueles que colocam
a possibilidade de continuar a estudar. As instituições do ensino superior
continuam muito focadas em cursos que prolongam o ensino secundário, não se
interessando por prolongar os cursos profissionais. E os cursos do ensino
superior têm vindo a garantir vencimentos no mercado de trabalho cada vez mais
próximos de quem os não tirou, tal como Sofia Escária, presidente da Federação
Académica de Lisboa (FAL), explicou: “De que serve
investir tanto para ter um curso, se num primeiro emprego vamos ganhar pouco
mais do que quem não tem formação?”
Este relatório pode ser acedido em http://www.oecd.org/education/education-at-a-glance/,
com versões em inglês, alemão e francês.
Mensagens que referiram os relatórios Education at a
Glance dos últimos anos: «0005» (2016),
«0089» (2017) e «0158» (2018).
Fonte: notícia de Silva (2019b)
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