A expansão económica que se seguiu à IIª Guerra Mundial
originou grandes migrações e um enorme aumento da procura educativa. As
escolas que já tinham sido criadas, a maioria destinadas apenas à instrução primária, tornaram-se então insuficientes para as
aspirações das populações e para as necessidades dos empregadores.
Na outra banda dos concelhos de Almada e Seixal, em Lisboa, a
escolaridade mais prolongada já era proporcionada pelos Liceus
(tradicionalmente vocacionados para os filhos das elites) e pelas Escolas Técnicas e Industriais (destinados à
preparação de futuros trabalhadores).
Na Nossa Banda esta abertura só começou na década de 1950.
Começou, institucionalmente, pela
escola que hoje é a Emídio Navarro. No
entanto, as restritíssimas condições da altura rapidamente tornaram esta
primeira escola pós-primária insuficiente. Pelo que, durante três décadas, se
assistiu a um curioso fenómeno de multiplicação das escolas:
·
por vezes, como aconteceu com a Emídio em
relação à António da Costa, uma
escola dividiu-se em duas (setas verdes no
organigrama inserido a seguir), o que foi sempre acompanhado pela partilha,
durante algum tempo, das instalações (setas vermelhas)
·
doutras vezes houve uma separação física
imediata, mantendo-se, durante algum tempo, a dependência institucional (setas azuis), sendo as novas escolas «secções» das
escolas-mãe, como aconteceu com a Fernão
Mendes Pinto (no Pragal) e com a José
Afonso (nas Cavaquinhas).
A origem das vinte e sete escolas referidas abaixo (e que é
referida no recente livro de Carlos Abreu sobre a Emídio Navarro) levou 45 anos
a completar-se!
Fonte bibliográfica para a construção do organigrama: Abreu (2017)
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