sábado, 29 de dezembro de 2018

[0171] Primeiros resultados do novo inquérito da O.M.S. aos adolescentes


A Organização Mundial da Saúde realiza, de 4 em 4 anos e desde 1998, um inquérito dirigido aos adolescentes de algumas dezenas de países visando determinar os hábitos, consumos e comportamentos que têm impacto na sua saúde física e mental.
Nas mensagens «0015», «0016» e «0017» foram referidos alguns resultados gerais da edição de 2014 desse inquérito e na mensagem «0064» foi abordado o aspecto particular da obesidade dos nossos jovens.

Para o inquérito de 2018, que visou obter dados para cinco estudos diferentes, foram questionados em Portugal quase sete mil jovens, que frequentavam o 6º, 8º, 10º e 12º anos de escolaridade. Os seus resultados já começaram a ser divulgados. A jornalista Natália Faria intitulou assim a notícia em que se referiu à descrição que estes jovens fizeram da sua relação com a escola: Adolescentes portugueses estão exaustos. Os que não gostam da escola triplicaram nos últimos 20 anos.

Eis alguns dos dados apresentados nessa notícia:

Em 1998, 13,1 % dos inquiridos disseram não gostar da escola.
Em 2018 disseram-no 29,6 %.

Em 1998, 3,8 % dos inquiridos queixaram-se da pressão com os trabalhos da escola.
Em 2018 queixaram-se 13,7 %.

Em 2010, 69,3 % dos inquiridos do 8º e do 10º ano pretendiam ir para a universidade.
Em 2018 apenas 54,8 % o pretendiam.

Este ano, 17,9 % dos inquiridos disseram-se cansados e exaustos “quase todos os dias”, 12,7 % acusaram dificuldades em adormecer e 5,9 % confessaram que se sentem “tão tristes que não aguentam”.


Este ano, 87,2 % dos inquiridos queixaram-se de a matéria escolar ser demasiada, 84,9 % de ser aborrecida e 82 % de ser difícil. E 56,9 % de a pressão para que tenham boas notas também ser exercida pelos seus pais.


Este ano, 51, 8% dos inquiridos consideraram-se maus alunos.

E entre os do 8º e 10º ano, 56,6 % declararam passar várias horas por dia ao telemóvel.

Fonte: notícia de Faria (2018)

Sem comentários:

Enviar um comentário