A Organização das Nações Unidas (ONU) tem adoptado
quatro ritmos para propor à comunidade mundial a atenção a temas que considera
fundamentais: o mais conhecido, o Dia Internacional,
tal como as Semanas Internacionais, são mais
vocacionados para a celebração; o Ano Internacional
e a Década Internacional apelam, principalmente,
à intervenção.
O primeiro tema anual foi o dos Refugiados, proposto para
1959-60.
Desde aí, nem todos os anos estiveram associados a um tema, e
alguns estiveram associados a mais do que um.
Para 2019 foram adoptados três temas (entre parêntesis,
o acesso à respectiva resolução pela Assembleia Geral do ONU):
Ano
Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos (A/RES/72/228),
já referido na mensagem «0182»
Ano
Internacional da Moderação (A/RES/72/129)
Ano Internacional das Línguas Indígenas (A/RES/71/178):
A ONU argumenta assim em relação a este último tema:
As línguas são importantes para
o desenvolvimento social, económico e político, a coexistência pacífica e la
reconciliação nas nossas sociedades. Sem dúvida, muitas das línguas estão em
perigo de desaparecer. Por esta razão, as Nações Unidas declaram o ano de 2019como Ano das Línguas
Indígenas a fin de estimular a adopção de medidas urgentes para as preservar,
revitalizar e promover.
É
através da linguagem que comunicamos com o mundo, definimos a nossa identidade,
expressamos a nossa história e cultura, aprendemos, defendemos os nossos
direitos humanos e participamos em todos os aspectos da sociedade, só para
nomear alguns. Através da língua, guardamos a história, os costumes e tradições
das nossas comunidades, a memória, os modos únicos de pensamento, significado e
expressão. Também a utilizamos para construir o futuro.
O
idioma é fundamental nos âmbitos da protecção dos direitos humanos, da boa governança,
da consolidação da paz, da reconciliação e do desenvolvimento sustentável.
O direito
a utilizar o idioma da sua preferência é um requisito prévio para a liberdade
de pensamento, opinião e expressão, de acesso à educação e à informação, ao emprego,
à construção de sociedades inclusivas e outros valores consagrados na
Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Muitos
de nós podem viver na sua língua materna sem limitações nem problemas. Mas esse
não é o caso de todos.
Dos
quase 7 000 idiomas existentes, a maioria foi criada e é falada por povos
indígenas que representam a maior parte da diversidade cultural do mundo.
Já estão previstos temas para mais três anos (embora não
para todos os próximos anos):
2020: Ano Internacional da Saúde das Plantas (A/RES/73/252)
2022: Ano Internacional das Pescas Artesanais e da Aquacultura
(A/RES/72/72)
2024: Ano Internacional dos Camelídeos (A/RES/72/210)
Fonte: sítio
da Organização das Nações Unidas (versão inglesa)
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