Agenda

sábado, 31 de março de 2018

[0126] O Museu do Dinheiro, em Lisboa


O museu situa-se na antiga Igreja de São Julião (situada ao lado da Praça do Município), aberta ao culto em 1810 e mais tarde transformada em Casa Forte do tesouro nacional, na dependência do Banco de Portugal.
Nas recentes obras destinadas à preparação deste espaço como museu foi descoberto um troço da muralha mandada erigir por D. Diniz, que é possível observar na cave:


Cada um dos núcleos da exposição permanente deste museu está nomeado por um verbo transitivo: tocar (numa barra de ouro); trocar (diferentes formas de bens equivalentes a dinheiro); convencionar (o que se toma por dinheiro); representar (episódios ou pessoas através do dinheiro); narrar (a genealogia do dinheiro e da banca); fabricar (moedas e notas); ilustrar (as culturas dos países que usam o dinheiro); testemunhar (o uso pessoal do dinheiro); e revelar (o que se encontrou nas obras de recuperação do edifício).

Fontes: sítios da Câmara Municipal de Lisboa (para o mapa das muralhas da cidade) e do Museu do Dinheiro (para as informações acerca do museu)

quinta-feira, 22 de março de 2018

[0125] Comemorando o início da Primavera


Com a alegria provocada pela resurreição da Natureza, a chegada da Primavera, chegam também os dias em que estão marcadas mais comemorações anuais nos nossos calendários: só de 20 a 23 de Março somos institucionalmente lembrados da Felicidade, da Poesia, da Floresta (e portanto das Árvores), da Água e da Meteorologia – além de mais uns tantos outros motivos menos evidentemente correlacionados com o início desta estação.
Parece não haver uma altura do ano mais exuberante do que esta!

O tema escolhido pelas Nações Unidas para o 21 de Março de 2018: Florestas e Cidades Duráveis:


No entanto, a institucionalização das comemorações fez-nos perder o sentido mais apurado das comemorações locais: por exemplo, a Primavera não acontece simultaneamente nos hemisférios Norte e Sul, nem possui a mesma radicalidade nas diferentes partes de cada hemisfério!

Eis um desafio interessante para o mundo que todos estamos a transformar.

Fontes (para as informações institucionais): sítios da Calendarr Portugal e das Nações Unidas (incluindo a imagem)

sábado, 17 de março de 2018

[0124] Uma balança munida de uma escala que auxilia a calcular os preços


Na exposição Com Conta, Peso e Medida – A Coleção do Aferidor Municipal, actualmente patente no Moinho de Maré de Corroios, está exposta a seguinte balança (com a respectiva legenda):



Esta é a face vista pelo comprador.
A face voltada para o vendedor é diferente, dispondo de um mostrador (onde está gravada uma interessante escala) e de um ponteiro:


O produto a vender estará colocado no prato redondo (à esquerda do cliente, à direita do vendedor). E no prato rectangular estará colocado, quando necessário, um peso.
Se não for colocado um peso neste prato, o produto pesará o que o ponteiro indicar na parte superior da escala (graduada de 0 a 1 Kg).
Se for colocado um peso de 1 Kg, o produto pesará 1 Kg mais o que o ponteiro indicar na parte superior da escala.
E se for colocado um peso de 2 Kg, o produto pesará 2 Kg mais o indicado na parte superior da escala.

E agora os preços: o ponteiro tem gravado preços inteiros desde «5» até «40»; na parte esquerda da escala estão os correspondentes preços duplos (portanto desde «10» a «80») e na parte direita os correspondentes preços triplos (de «30» a «120»).
Se, por exemplo, o preço for «16», procura-se no ponteiro o «16», que está sobre um arco (a vermelho, em baixo) que vai do «32» ao «48» e que está graduado de «1» a «16»:


Se não tiver sido colocado um peso no prato rectangular, o preço do produto é «12».
Se tiver sido colocado um peso de 1 Kg, o preço é «16 + 12».
Se tiver sido colocado um peso de 2 Kg, o preço é «32 + 12».
E se tiver sido colocado um peso de 3 Kg, o preço é «48 + 12».

Fotografias: Eva Maria Blum

quarta-feira, 14 de março de 2018

[0123] O Plano de Promoção do Sucesso Educativo da Câmara Municipal de Almada


Contando com a generosidade do financiamento europeu, o Estado central definiu o programa Portugal 2020 e diversas autarquias têm vindo a inserir-se nele através dos seus próprios planos (mensagem «0072»).
Em Almada foi há pouco mais de uma semana apresentado o respectivo plano municipal, que conta com a participação de treze agrupamentos escolares e de duas escolas secundárias e que se iniciou através de uma Semana da Leitura.


Segundo o responsável municipal pela educação em Almada, a filosofia do programa nacional visa promover o sucesso actuando antecipadamente, em vez de apenas quando os problemas que podem conduzir ao insucesso ou ao abandono se manifestam; e o plano almadense fá-lo-á através de um conjunto de iniciativas de enriquecimento curricular, para os diferentes graus de ensino, nas mais diversas áreas.

Uma dessas iniciativas está centrada nos hábitos de leitura e de escrita. Mas também há iniciativas relacionadas com a matemática, as outras ciências, o desporto, a criatividade e outras expressões.

Uma das iniciativas, da responsabilidade do Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté (que não tem ensino secundário), está a colocar todos os alunos a ler durante os primeiros dez minutos de aulas, podendo ler o que quiserem, ou livros trazidos de casa ou requisitados na biblioteca.

Fonte: sítio da Agência de Notícias

quinta-feira, 8 de março de 2018

[0122] Uma reflexão e algumas sugestões para a retoma das Memórias da Educação em Almada e Seixal



Um dos participantes no grupo de memorialistas que durante cerca de dois anos trabalhou o tema da educação em Almada e Seixal chamou a atenção, no seguimento da mensagem «0120», para que a “transição entre as intenções e iniciativas individuais e um processo que se assemelha ao nascimento de uma comunidade de memórias” trouxe àquele grupo “perspectivas bastante mais alargadas, mas, também, alguns receios acerca dos desafios que delas decorrem.”

Pelo que, prossegue, os membros do grupo se terão dado conta de que:
… não eram só os professores que tinham testemunhos a registar, pois também os tinham os antigos alunos, os seus pais, os parceiros das escolas, as associações e as autarquias (um pouco de toda a gente),
… havia muita documentação escrita, guardada em instituições ou na posse privada, que importava conservar, o mesmo se dizendo da mais recente documentação digital,
… já havia um ou outro esboço historiográfico elaborado com preocupação sistemática,
… tinham sido publicados artigos, livros e teses, e apresentadas comunicações e até uma exposição, com as primeiras incursões no que a educação foi na nossa região,
… todo este material poderia vir a ser interpretado de diferentes formas, pois nós não somos apenas fontes a serem ouvidas, mas também fontes de interpretação dos nossos testemunhos (tanto a partir das questões colocadas na nossa época, como das questões que actualmente se põem), ou seja, seus potenciais autores colectivos.

E, terminando, sugere que se considerem, entre as possíveis estratégias para o recomeço dos trabalhos, as seguintes:
(1) organizar um «Encontro» menos exigente” do que aquele que estava a ser esboçado;
(2) apoiar, em paralelo, a criação de uma rede de pequenos blogues onde os interessados pudessem começar a publicar documentos e memórias (individuais, de grupo, de escola, …)”;
(3) organizar uma primeira tertúlia sobre as questões memoriais, com apresentação de temas curtos, seguida de debate e de articulação dos esforços futuros”, iniciativa que ele próprio pensa ter disponibilidade para organizar “entre Setembro e Novembro próximos”.

Origem deste contributo: email de Pedro Esteves

quinta-feira, 1 de março de 2018

[0121] 3 de Março: Dia Mundial da Vida Selvagem


Este dia foi criado pelas Nações Unidas em 2013.

O tema de 2018 é: «Os grandes felinos: predadores sob ameaça».


A população destes animais tem vindo a declinar alarmantemente, como resultado da redução dos habitats e das presas, dos conflitos com os humanos e da caça e do comércio ilegais.

Como exemplo desse declínio, a população de tigres foi reduzida de 95 % nos últimos 100 anos e a dos leões africanos de 40 % desde há 20 anos.

Outros números, para evidenciar a gravidade da caça:
·       Anualmente são mortos entre 20 000 e 25 000 elefantes em África;
·       Em 2014 foram mortos 1 215 rinocerontes na África do Sul;
·       Em 2014 foram mortos 220 número de chimpanzés.

E ainda mais números, para alargar a reflexão:
·       Há cerca de 7 mil milhões Homo sapiens;
·       Há 400 milhões de cães domésticos;
·       E, entre os animais selvagens, há 80 mil girafas, 200 mil lobos cinzentos e 250 mil chimpanzés.

Fontes: sítio da Wild Life Day (incluindo a imagem), sítio da Calendarr Portugal e livro de Harari (2016; pp. 415-417)