Um dos participantes no grupo de memorialistas que durante cerca de dois anos trabalhou
o tema da educação em Almada e Seixal chamou a atenção, no
seguimento da mensagem «0120», para que a “transição entre as intenções e
iniciativas individuais e um processo que se assemelha ao nascimento de uma comunidade de memórias” trouxe àquele grupo
“perspectivas bastante mais alargadas, mas, também, alguns receios acerca dos
desafios que delas decorrem.”
Pelo que, prossegue, os membros do grupo se terão dado conta
de que:
“… não eram só os professores
que tinham testemunhos a registar, pois também os tinham os antigos alunos, os
seus pais, os parceiros das escolas, as associações e as autarquias (um pouco
de toda a gente),
… havia muita documentação escrita,
guardada em instituições ou na posse privada, que importava conservar, o mesmo
se dizendo da mais recente documentação digital,
… já havia um ou outro esboço
historiográfico elaborado com preocupação sistemática,
… tinham sido publicados
artigos, livros e teses, e apresentadas comunicações e até uma exposição, com
as primeiras incursões no que a educação foi na nossa região,
… todo este material poderia vir
a ser interpretado de diferentes formas, pois nós não somos apenas fontes a
serem ouvidas, mas também fontes de interpretação dos nossos testemunhos (tanto
a partir das questões colocadas na nossa época, como das questões que
actualmente se põem), ou seja, seus potenciais autores colectivos.”
E, terminando, sugere que se considerem, entre as possíveis
estratégias para o recomeço dos trabalhos, as seguintes:
“(1) organizar um «Encontro»
menos exigente” do que aquele que estava a ser esboçado;
(2) apoiar, em paralelo, a
criação de uma rede de pequenos blogues onde os interessados pudessem começar a
publicar documentos e memórias (individuais, de grupo, de escola, …)”;
“(3) organizar uma primeira
tertúlia sobre as questões memoriais, com apresentação de temas curtos, seguida
de debate e de articulação dos esforços futuros”, iniciativa que ele próprio
pensa ter disponibilidade para organizar “entre
Setembro e Novembro próximos”.
Origem deste contributo: email de Pedro Esteves
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