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terça-feira, 11 de abril de 2017

[0048] Alguns apontamentos sobre o simpósio «Museus, Investigação & Educação»

Tratou-se, como foi anunciado (mensagem 0028), de uma oportunidade para reflexão sobre o papel dos Museus na sociedade contemporânea, com particular enfoque nas funções Investigação e Educação, perspectivadas às escalas local, regional e global.


Os brevíssimos apontamentos que se seguem são uma selecção (inevitavelmente muitíssimo subjectiva) do que se disse durante o Simpósio.

Desafios colocados aos educadores

Os objectos conservados pelos museus representam a diversidade do passado, e a do presente. Nós somos diversos, e isso ajudou-nos a sobreviver.
Se um objecto nos fala a partir do passado, precisamos de o valorizar, para que nos toque, para que evoque valores actuais.

Se nos limitamos a focar o objecto, apenas ensinaremos; se queremos mudar as mentes, então educaremos.

Os museus precisam de ter guiões e os educadores devem estar no seu centro.

O velho e o novo papel dos museus

As actuais museologias reproduzem a divisão entre culturas hierárquicas e culturas participativas.

Só podem ser profissionais dos museus aqueles que tiveram formação para isso.
As características pessoais de quem trabalha nos museus são tão importantes como a formação profissional.

Os museus e os seus parceiros

Os museus e as comunidades desenvolvem-se mutuamente.

A investigação é uma defesa dos museus contra os decisores externos à sua comunidade de pertença.

As pessoas podem fazer falar os edifícios e os bairros onde vivem ou viveram, e assim umas e outros se transformam.
As pessoas e as comunidades não querem ser esquecidas, daí a importância que atribuem aos seus museus.

A Escola educa formalmente, o Museu e a Cidade educam não formalmente.

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