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sábado, 30 de outubro de 2021

[0308] As Crianças e a Cidade

O Dia Mundial das Cidades é comemorado amanhã, 31 de Outubro.


Francesco Tonucci, autor do livro «A Cidade das Crianças», que deu origem à rede internacional City of Children, considera que o acesso das crianças ao espaço público, com autonomia em relação aos adultos, é uma das formas de participarem nos lugares onde vivem; e considera que isso também pode melhorar a autonomia dos adultos.


Excertos de uma entrevista que Francesco Tonucci concedeu a Abel Coentrão, jornalista do «Público»:

A ideia da Cidade das Crianças não é minha. Em Fano, o meu município, preparava-se, nos anos 90, uma semana dedicada à infância, durante a qual havia congressos, exposições, actividades, e que terminava, num domingo, com a cidade a oferecer-se às crianças, fechando as ruas para que estas pudessem brincar. O executivo municipal pediu-me que, sendo de Fano, assumisse a direcção científica do projecto. A contrapartida que exigi foi que aquilo deixasse de ser um evento, para se tornar em algo contínuo, permanente, de mudança da cidade, assumindo as crianças como parâmetro. Esse foi o núcleo filosófico da proposta.

A proposta que eu estava a fazer mudava as regras do jogo. De um projecto que era “para” as crianças, no qual se faziam muitas coisas “para” elas, eu pretendia passar a um projecto “com” as crianças e, “das” crianças. Ou seja, queria que os adultos pudessem aprender algo, escutando as crianças. Este é o coração do projecto: a participação delas.

Trata-se de uma utopia, pois a cidade nunca será das crianças. Eduardo Galeano explicava que essa é a função da utopia. Quando te aproximas, ela fica um pouco mais longe. E a pergunta é: para que serve? Para fazermos caminho, progredir. Eu sei que nunca conseguiremos, mas que ao movermo-nos nessa direcção, estamos a fazer uma boa política. A cidade de Pontevedra é um caso emblemático. Assumiu com uma coerência radical a ideia de devolver a cidade às pessoas. E o espaço público é o espaço de todos, o que significa que não pode ser apenas o espaço dos automóveis. E só num espaço devolvido às pessoas, as crianças podem se movimentar tranquilamente, sair para brincar, ir à escola sem a companhia de adultos, e vivendo, por isso, experiências de uma verdadeira cidadania. O acesso ao espaço público é uma das formas de participação das crianças na vida das cidades. Mas apenas se elas não estiverem a ser levadas pela mão de um adulto. Neste caso estarão apenas a percorrer a cidade, a acompanhar alguém, não a vivem como protagonistas. A participação tem um toque de protagonismo.

Outra forma de participação das crianças é através das suas palavras, das suas ideias, das suas opiniões. Por detrás disto temos dois artigos da Convenção dos Direitos da Criança. Neste último caso, o artigo 12, que diz que as crianças têm direito a expressar a sua opinião cada vez que se tomem decisões que as afectem. E que prossegue, assinalando que essa opinião tem de ser tida em conta. É um artigo impressionante. Que raramente se cumpre ... Sim. E acredito que quase não se pode cumprir. Nós, os adultos, não temos um direito deste tipo. Os nossos governantes não se comprometem a consultar-nos cada vez que se tomam decisões. Consultam-nos a cada cinco anos, quando terminam o mandato, e nos perguntam se gostamos ou não. E nós confirmamos, ou elegemos outros. Mas este artigo é muito claro, em relação ao direito das crianças. Isto implica uma responsabilidade muito grande para os adultos, dado que quase todas as decisões que tomamos afectam, de alguma maneira, a infância. Na família, na escola, na cidade. E nós pensamos, por exemplo, nos hospitais pediátricos, ou nos museus. Temos conselhos de crianças em instituições deste tipo e é sempre impressionante ver como a participação produz adesão, identificação, e efeitos positivos. Por exemplo, em departamentos de saúde, como o internamento em oncologia pediátrica, é muito importante que elas possam participar. Um amigo meu, especialista nesta área, não tem dúvidas de que isso favorece a própria terapia. E isso não é óbvio para uma parte do universo da medicina.

Há pouco tempo, na cidade de Latina, capital de Lácio, perto de Roma, que está na nossa rede, o conselho de crianças descobriu que o regulamento da polícia municipal tinha um artigo que proibia a brincadeira em lugares públicos. As crianças discutiram a questão com o adulto animador do conselho, dizendo que alguém se teria enganado, pois há um artigo da Convenção dos Direitos da Criança (CDC) que diz que elas têm direito a brincar, e não compreendiam que o não pudessem fazer num lugar público. Escreveram uma carta ao presidente da Câmara, a assinalar o equívoco. O autarca discutiu a carta com o resto do executivo municipal, respondeu às crianças a dizer-lhes que tinham razão, propôs uma alteração ao regulamento, que era já antigo, e o artigo passou a ter uma redacção em que assumem que, respeitando o artigo 31 da CDC, o município “favorece” a brincadeira em “espaços públicos e de uso público”, que seriam, neste caso, os espaços privados – como em condomínios – mas que têm um uso público.

Num congresso sobre a “cidade para brincar: 20-30”, em que participei, durante dois dias as intervenções passaram, basicamente, por ampliar a oferta de parques infantis, reconhecer o direito de todas as crianças desta cidade a terem um lugar para brincar perto de casa, em cada bairro, com jogos, por melhorar estes jogos, adequando-os a crianças com deficiências. Defendeu-se, também, que estes espaços deveriam ter serviços, como água e casas de banho. Quando chegou a minha vez, pedi desculpa, porque estava contra tudo o que tinha ouvido. A minha tese é que uma cidade estará apta para brincar quando não tivermos que criar mais locais específicos para as crianças estarem.

A cidade apta para brincar é aquela em que uma criança pode sair de casa sem ser pela mão de um adulto, encontrar amigos na rua e decidirem, juntos, ao que brincar, onde, e como. E decidir onde o farão faz parte do jogo. Pensar que brincar é ir todos os dias ao mesmo sítio, aproveitar os mesmos jogos, alguns deles em solidão, pois só podem ser usados por uma pessoa de cada vez, e acompanhado por um adulto é algo muito estranho. Que só poderia ser pensado por alguém que, pobrezinho, não tenha tido a oportunidade de brincar, quando era criança.

Quase todos os adultos foram crianças, mas quase ninguém se recorda disso. E os nossos autarcas estão em crise por isso e pedem a ajuda das crianças, para que elas lhe ofereçam o outro ponto de vista. E eles comprometem-se a escutá-las e a ter em conta o que dizem, e a pôr em prática algumas dessas ideias. Não é possível concretizar tudo, mas se não o fizer, deve justificar, perante aquelas crianças, as suas opções.

O mais interessante é aproveitar estes elementos que as crianças oferecem para repensar a política. Às vezes as crianças pedem uma coisa pequena, como no exemplo que dei de Latina. É preciso tornar isso público, dizer a todos que o regulamento mudou, porque eles tinham a lei do lado deles. E chegar, no caso, aos condomínios, que gerem espaços privados de uso público, e convencê-los a mudar os regulamentos desses espaços. Em contrapartida, pode-se criar uma placa, para pôr nesses lugares, dizendo que respeitam o artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança. A comunicação é importante. Vejam os cartazes que existem nos parques, indicando um conjunto de proibições. O que proponho é que se façam cartazes a dizer: “Convidamos as crianças a brincar neste lugar!” Ou, melhor ainda: “Convidamos os adultos a não incomodar as crianças que brincam!”. Gosto deste tipo de coisas porque, seguramente, vão criar um debate. Os jornalistas vão falar disso. E é perfeito para começarmos a discutir a cidade. Os pais normalmente querem lugares limpos, as crianças gostam de rebolar e sujar-se… Como se concilia isto? Num dos múltiplos encontros que tivemos online, por causa da pandemia, uma rapariga de Bogotá, Andrea, dizia-me que “Aleijar-se é muito importante”. Encantam-me estas frases que são genuinamente de crianças, que não a escutaram de um adulto. Nenhum adulto diz a uma criança: “Vai e aleija-te, é importante.” Em Itália temos uma estatística impressionante e vergonhosa. A primeira causa de morte até aos 26 anos são os acidentes de automóvel e de moto. Do meu ponto de vista, isto é intolerável. E por isso aprecio Pontevedra, que celebrou dez anos sem qualquer morte nas ruas. Isto é um tema urgente, para a democracia. E aleijarmo-nos é fundamental para não morrermos. Porque quem esfolou os joelhos a andar de bicicleta, com alguma probabilidade saberá mover-se com mais segurança numa motorizada. Eu não permitiria que se conduzissem motos sem se passar pela experiência da bicicleta. Nesta, podemos cair muitas vezes. Na mota, às vezes basta cair uma vez. Perante estas coisas, não podemos continuar a dizer, “sim, entendo”, sem resolver o problema. Em 1996 a ideia comum era já que a cidade tinha muitos riscos e perigos. E que para proteger as crianças era preciso fechá-la em casa, na escola, ou num parque, de preferência com uma cerca em volta. E essa sensação, parece-me, piorou. Ou não concorda? As crianças italianas e portuguesas sofrem com isso. Num estudo realizado há uns 15 anos, Itália aparecia em penúltimo lugar, e Portugal em antepenúltimo, num índice de autonomia das crianças do ensino básico, dos seis aos 11 anos. No meu país esse índice era de 7%. Portugal era pouco mais. Isso era impressionante. Na Alemanha 70% das crianças iam sozinhas para a escola e na Finlândia essa taxa era de 90%. Com climas bem piores que os nossos. Há quem diga que isso acontece por razões culturais. Mas, no meu tempo, e há 50 anos, as crianças italianas iam sozinhas para a escola. Brincavam na rua. Foi uma mudança rápida. E se formos ver os dados do Ministério do Interior, nessa altura as cidades eram mais perigosas do que hoje, pelo menos em Itália. Não sei como seria em Portugal.

Na verdade, podemos dizer que a cidade de hoje é mais segura, mas o medo é maior. E aqui abre-se outro tema muito interessante, do ponto de vista social. Isto significa que o medo perdeu a relação com os perigos, que estão desfasados. Isto é muito grave, tendo em conta que ter medo é um sentimento fundamental para a defesa pessoal, mas em excesso chega a provocar uma paralisia. E hoje é assim. Tenho-me perguntado como chegámos até aqui. Nós saíamos à rua para brincar não porque os nossos pais fossem avançados para o seu tempo mas porque não havia remédio. Os meus pais tinham medo e diziam-me para ter cuidado, porque já havia carros e outros riscos. Mas isso era independente do facto de eu sair ou não, porque isso tinha mesmo que acontecer. Não só porque eu o desejava, mas porque a casa era demasiado pequena e humilde para a minha mãe aguentar com quatro rapazes, numa divisão com uma mesa. Ficaria impedida de cumprir as suas tarefas. É uma história comum a muitas famílias, em Portugal ... O estranho disto é que as coisas mudaram ao mesmo tempo que os pais mais jovens têm mais conhecimento, e participam, mesmo os homens, muito mais na vida da família que a geração do meu pai, ou mesmo a minha. O que eu imagino é que, um dia, um pai teve a ideia, partilhada com todos os outros pais, que a sua filha ou filho não podiam sair sozinhos. Que tinham de os acompanhar. E, ao abrir a porta, faz a pergunta dramática: “Onde o levarei?” Estas duas questões foram o motor de uma produção comercial, do mercado, por um lado, e de um interesse político, por outro, como acontece com as perguntas que correspondem a necessidades. E nalgum momento pareceu a todos que isto era muito natural. E agora é muito complicado pedir às crianças que participem num processo de planeamento e pedir-lhes que imaginem lugares para brincar. Eu digo sempre: “Não o façam!”. Porque vão sempre desenhar baloiços e escorregas. Estes são os estereótipos que desenvolveram.

O alcaide de Pontevedra, Miguel Anxo Lores, é médico. E dizia-me: “Quando analisei a velocidade do trânsito, dei-me conta de que a 50 km/h morre um em cada dois peões atropelados. E a 30 km/h a percentagem baixa para um em cada 20. Para mim, isso é razão suficiente para mudar. Não me interessa mais nada. E toda a cidade passou a ter os 30 km/h como limite. Por outro lado, ele diz-me sempre: “A mim, não me interessa fazer receita com multas por excesso de velocidade, se isso pode matar alguém. A mim, o que me interessa é que na minha cidade não seja possível matar uma pessoa na rua.” A questão é a estrutura da cidade, não a norma. Quando ele fala da nossa relação, refere sempre: “Eu escutei o que dizias, e convenceste-me!”. Ele ouviu-me numa conferência em que eu desconhecia que, na assistência, estava o autarca, e desse dia recorda uma outra parte da minha intervenção. Disse, como sempre digo, que quando apresento o meu projecto a autarcas, nenhum me diz que não gosta, ou que não lhe interessa. Dizem-me sempre que ficam encantados, mas acrescentam: “dê-me um ano ou dois para eu resolver o problema do tráfego automóvel, e depois falamos”. Claro que a situação do tráfego não se resolve, e não falamos mais. Mexer com a mobilidade em automóvel não é fácil. Gera debates infindáveis ...

Às crianças, não lhes interessa nada uma cidade só para eles. Quando fazem propostas, nunca propõem coisas infantis. Para elas é evidente que a cidade tem que ser adequada para os seus irmãos mais pequenos, para os seus pais, avós, os idosos em geral, os cães e as plantas. Têm uma ideia de cidade muito ecológica e muito democrática. Só nós, os adultos, fomos capazes de pensar uma cidade só para nós, adultos e varões. Uma cidade para gente em idade activa ... Sim, a questão do género não se resolveu ainda, mas melhorou bastante, porque as mulheres lutaram muito. Mas ainda têm dificuldade em mover-se pela cidade com boas condições. A pandemia voltou a mostrar-nos essa fractura, no emprego por exemplo. Em Itália, pelo menos, uma grande percentagem dos que perderam emprego por terem de ficar em casa, para cuidar das crianças, eram mulheres.

Durante o isolamento da pandemia escrevi um livro em que reflectia sobre como a escola perdeu uma grande ocasião para mudar, durante esta pandemia. Chama-se “Pode um Vírus Mudar a Escola?”. E a resposta à pergunta é não. E é pena, porque a situação era tão intensa, a crise era tão forte, que quem quisesse poderia ter mudado a escola, e ninguém se oporia. Mas o que a escola fez, em Itália e noutros países, foi aproveitar as tecnologias para não mudar nada. E aproveitou até para se libertar, quase, de tudo o que era um distúrbio, uma moléstia, pois nem teve de organizar o recreio, deixou de ter as birras entre crianças. O ecrã transformou-se num púlpito onde o docente estava perante o seu aluno, para dar aulas e ditar deveres de casa. Isto fracassou. Se a escola for capaz de fazer um mínimo de auto-análise verá que fracassou. As crianças não gostaram nada disto e os estudantes mais velhos chegaram a protestar contra isto. Nos conselhos de crianças da rede de Cidades das Crianças, nós aproveitamos os mesmos ecrãs para escutarmos os mais novos. Estes ecrãs não são unidireccionais. Podem ser púlpitos, mas também podem ser praças, lugares de encontro, de intercâmbio, uma oportunidade para os professores darem a palavra aos seus alunos, ver como estavam a lidar com a pandemia, e abandonar os programas.

A questão dramática da escola é que as crianças se aborrecem. O que é grave é que ninguém se preocupa, ou se espante, com o facto de elas se aborrecerem. Porque os seus pais, na verdade, também se aborreceram. E os professores igualmente. Parece normal. Mas é evidente que, se uma pessoa se aborrece, não aprende. A aprendizagem exige interesse, participação, insisto.

Fontes: entrevista de Francesco Tonucci a Abel Coentrão no jornal «Público» (2021)

domingo, 24 de outubro de 2021

[0307] Sesimbra: «cidade educadora»

O município de Sesimbra aderiu em 2011 à Associação Internacional das Cidades Educadoras. Esta associação é constituída por «cidades», representadas pelas suas autarquias, e dela fazem actualmente parte 510 municípios, de 34 países, sendo a Rede Portuguesa de Cidades Educadoras composta por 83 cidades.

Ao aderir a esta associação os municípios subscrevem a Carta das Cidades Educadoras, que passa a constituir o seu elemento unificador: cada cidade-membro trabalha para que a educação seja o eixo transversal de todas as suas políticas, intercambia experiências com outras cidades (quer a nível nacional quer internacional) e colabora com organismos como a ONU e a UNESCO.
O trabalho da Rede Portuguesa tem proporcionado a criação de grupos de trabalho temáticos, como o do Projeto Educativo Local (responsável pela elaboração e edição do documento “Contributos para a construção de um Projeto Educativo Local de uma Cidade Educadora”), o da Cidadania e Participação, o das Cidades Inclusivas e o do Experimentar para Aprender.

Um dos instrumentos desenvolvidos pelo município de Sesimbra é o …

Através dele, e anualmente, são divulgados junto da comunidade educativa, e em particular junto das escolas, os recursos externos de que dispõem para desenvolver os seus próprios projectos.
Para 2021-22, os grandes tópicos que organizam esses recursos são:

O que cada um destes apoios significa está descrito em www.sesimbra.pt/educar-em-rede/sesimbra-educar-em-rede. E os proporcionados pela Câmara Municipal estão especificados em https://www.sesimbra.pt/pages/2270, incluindo, entre outros, os prestados pelo Arquivo, pela Biblioteca, pelo Cineteatro, pelo Museu, pelo Parque da Várzea e pela Lagoa Pequena.

 

Fontes: sítios referidos

sábado, 16 de outubro de 2021

[0306] As conversas no Centro de Arqueologia de Almada

 


Em 2019 o Centro de Arqueologia de Almada (CAA) lançou o projecto Conversas com sócios e amigos do CAA, através do qual se partilham experiências e reflexões sobre temas diversos relacionados com a História, a Arqueologia, o Património e a Educação Patrimonial, entre outros.
Estas conversas são realizadas uma vez por mês, preferivelmente numa quinta-feira às 18 horas. E consistem em duas partes: uma apresentação, com a duração máxima de uma hora, seguida de debate.


Até agora foram realizadas quinze conversas, tendo as dez primeiras sido presenciais:

14 de Fevereiro de 2019, apresentação de José Carlos Quaresma:
O papel do CAA na investigação e na defesa do património arqueológico: uma análise no panorama português.

14 de Março de 2019, apresentação de Jorge Raposo:
Como se fizeram e se fazem a Al-Madan impressa e a Al-Madan online (1982-2019).

4 de Abril de 2019, apresentação de Francisco Silva:
Patrimónios do Concelho de Almada, uma visão abrangente.

23 de Maio de 2019, apresentação de Eva Maria Blum:
Memórias sobrepostas. Patrimonialização no âmbito do planeamento urbano. O caso de Almada Nascente.

12 de Setembro de 2019, apresentação de Jorge Raposo (no Quarteirão das Artes, no Âmbito da Exposição Desenho Arqueológico do Centro de Arqueologia de Almada e em parceria com o Quarteirão das Artes e o #cidadãoexemplar):
Conversa sobre desenho arqueológico.

24 de Outubro de 2019, apresentação de Elisabete Gonçalves, Ana Braga e José Carlos Serra:
Era uma vez os pedagógicos. O serviço educativo do Centro de Arqueologia de Almada.

16 de Novembro de 2019, apresentação de Carlos Marques da Silva:
Azulejos on the Rock. Padrões de Rochas ornamentais em Azulejos Lisboetas do Século XIX.

14 de Dezembro de 2019, apresentação de Ana Braga:
Participação e património cultural: abrimos a porta?

23 de Janeiro de 2020, apresentação de Mariana Ferreira dos Santos:
Aves na arte rupestre.

27 de Fevereiro de 2020, apresentação de Vanessa Dias:
O inventário do Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, incorporada no Museu Nacional de Arqueologia, no programa Matriz.

Estas conversas foram filmadas, podendo o visionamento da sua gravação ser solicitado ao CAA (
c.arqueo.alm@gmail.com).


A pandemia levou a uma paragem de um ano nestas conversas.
Em 2021 elas foram retomadas, via ZOOM
, tendo como anfitriões a Mariana Santos e o Francisco Silva. Cada uma das novas cinco conversas foi gravada e a gravação disponibilizada no canal do CAA no Youtube:

4 de Março de 2021, apresentação de
Ana Tomé e Jesse Rafeiro:

Retraçar os Capuchos da Caparica. Reconstituição do núcleo primitivo.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=ex4bWc-xFgQ.

7 de Abril de 2021, apresentação de
Joel Santos, Jorge Raposo e José Carlos Quaresma:
Projecto AmphoraeFinder: uma ferramenta digital para o estudo das ânforas romanas.
Vídeo:
https://youtu.be/oVK3A3oOSRw.

13 de Maio de 2021, apresentação de
Carlos Marques da Silva:
Geodiversidade e identidade local: elementos identitários geológicos na heráldica municipal portuguesa.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=be-gvFkRVvo.

15 de Junho de 2021, apresentação de
Vítor Mestre:
Reconciliação de tempos e vivências no património construído. Intervenções de conservação, restauro e reutilização contemporânea.
Vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=n5WYF8je33I.

15 de Julho de 2021, apresentação de
Pedro Esteves:
Os últimos 40 anos na educação, vistos por um professor.
Vídeo:
https://youtu.be/wINuV7mlNy4
<https://youtu.be/wINuV7mlNy4.


Nesta altura o CAA está a preparar as conversas de 2021-22, tendo decidido manter, nos próximos meses, a forma online (e a disponibilização dos vídeos em https://www.youtube.com/channel/UCrtyLb860hESf3Es8YPVCmg/videos).

Estão já agendadas:

Quinta-feira, 28 de Outubro de 2021, às 18h00, apresentação de Paula Gil:
Estatuária Urbana.

Sábado, 27 de Novembro de 2021, às 18h00, apresentação de Vítor Santos:
Os primeiros tempos do CAA.

Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2021, às 18h00, apresentação de Jorge Raposo:
Quinta do Rouxinol.

Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2022, às 18h00, apresentação de Elisabete Gonçalves:
Educação Patrimonial no Território. O Contributo do CAA entre 1998 e 2018.

Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2022, às 18h00, apresentação de Carlos Rocha:
Toponímia.


Quem tiver interesse em apresentar, nestas conversas, um tema, uma experiência, uma reflexão, pode enviar um email para o CAA (c.arqueo.alm@gmail.com) com as seguintes indicações: nome, tema proposto e contactos (email, telemóvel).

Fontes: informações de Eva Maria Blum (coordenadora do projecto) e de Elisabete Glória (membro da direcção do CAA)

sábado, 9 de outubro de 2021

[0305] As escolas TEIP da Nossa Banda (IV)

No concelho de Almada, o Agrupamento de Escolas do Miradouro de Alfazina inclui apenas duas escolas: a Escola Básica Miradouro de Alfazina e a Escola nº 2 do Monte da Caparica – Maria Adelaide Silva.

No concelho de Setúbal, o Agrupamento de Escolas Ordem de San`tiago, constituído em 2003, inclui um maior e mais diverso número de escolas: a Escola Básica do 1º Ciclo / Jardim de Infância de Setúbal; a Escola Básica do 1º Ciclo / Jardim de Infância do Faralhão, a Escola Básica do 1º Ciclo do Faralhão nº 1, a Escola Básica do 1º Ciclo do Faralhão nº 2, a Escola Básica do 1º Ciclo das Manteigadas, a Escola Básica do 1º Ciclo nº 5, a Escola Básica do 1º Ciclo nº 7 e a Escola Básica do 2º e do 3º Ciclo e Escola Secundária da Bela Vista.


E apresenta-se, brevemente, assim:

Os estabelecimentos da EB1/JI de Setúbal, EB1 nº 5, EB1 nº 7, EB1 das Manteigadas e a EB 2,3/S da Bela Vista ficam situados em Setúbal, na freguesia de S. Sebastião, na periferia oriental da cidade em bairros de habitação económica, servindo maioritariamente uma população carenciada e desfavorecida a nível económico. Nesta zona da cidade coabitam populações oriundas de Países Africanos de Expressão Portuguesa, emigrantes Brasileiros e de Países de Leste Europeu, para além da Comunidade Cigana bastante numerosa. Esta multiplicidade cultural e étnica nem sempre tem uma convivência pacífica, sendo as rixas e os conflitos raciais muito frequentes.

Os estabelecimentos EB1/JI do Faralhão, EB1 do Faralhão nº 1 e EB1 do Faralhão nº 2 ficam situados na Freguesia do Sado, zona rural da cidade, mas também onde ficam situadas algumas das unidades fabris como por exemplo a SAPEC, a Portucel e a Lisnave. A população desta freguesia é na sua maioria originária do Alentejo, tendo migrado para esta cidade nos anos setenta. Nas escolas da Freguesia de S. Sebastião as famílias destruturadas ou mono parentais são muito frequentes, o que a par das inúmeras carências a vários níveis, se reflecte nas escolas, sendo muito frequentes o insucesso repetido, o abandono escolar, a assiduidade irregular, a indisciplina e a violência, assim como os comportamentos de risco e/ou desviantes e a incursão precoce na marginalidade. Para todos estes problemas estas escolas procuram soluções, quer isoladas, quer através de projectos conjuntos. Nas EB1/JI de Setúbal e EB1/JI Faralhão o pré-escolar conta com a Componente de Apoio à Família em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal e inclui o serviço de almoço e prolongamento de horário.

No 1º Ciclo deste Agrupamento existem Actividades de Enriquecimento Curricular igualmente em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal. As actividades oferecidas são: Inglês, Expressão Física e Motora, Música e Artes. Todos os alunos podem frequentar o Apoio ao Estudo. Em todos os Estabelecimentos foi implementado o Plano Nacional de Leitura em articulação com as Bibliotecas Escolares. O Agrupamento apresentou também candidatura ao Programa Nacional do Ensino do Português no 1º Ciclo.

 

Fontes: sítios dos dois agrupamentos de escolas

sábado, 2 de outubro de 2021

[0304] Recursos (III): os Centros Ciência Viva

Têm sido criados Centros Ciência Viva um pouco por todo o país:


No distrito de Setúbal existe apenas um Centro Ciência Viva, no Lousal (concelho de Grândola), particularmente forte em Geologia, dadas as minas existentes na sua vizinhança (que fazem parte de uma Faixa Piritosa, que entra e se estende por Espanha).
No Centro Ciência Viva do Lousal também os visitantes invisuais podem aprender, dado ser-lhes proporcionada a possibilidade de tocar nos objectos geológicos. E todos podem aprender um pouco da história, da composição, das propriedades e do tratamento dado aos minérios.

 

Fontes: catálogo coordenado por Francisco Motta Veiga (2018); e sítio do Centro Ciência Viva do Lousal