Agenda

sábado, 26 de dezembro de 2020

[0266] Os 48 anos do Centro de Arqueologia de Almada

O Centro de Arqueologia de Almada (CAA) nasceu no dia 1 de Novembro de 1972.

O pioneirismo dos seus fundadores, que abrangeu domínios que se estenderam da Arqueologia, à História e ao Património, foi uma resposta a profundas carências de iniciativa nestes domínios, que, só muito gradualmente, após 1974, foram surgindo, através do Estado central, dos Municípios, do Ensino Superior e, mais recentemente, da iniciativa privada.
O seguinte vídeo comemorativo ilustra a história dos 48 anos que o CAA completou há escassas semanas:

Para apreciar o vídeo, clique aqui
(duração: 10 minutos e 42 segundos)

 

Este percurso associativo é um exemplo do que, ao longo dos mesmos anos, foram outros percursos: na saúde, na educação, nos museus, no ambiente, nas artes …
Será importante reflectir sobre o que se ganhou e o que se perdeu nestes percursos e sobre o que se pretende que eles sejam no futuro.

domingo, 20 de dezembro de 2020

[0265] Destaque para a alimentação, um dos quatro temas que a ONU promove em 2021

As Nações Unidas promovem, frequentemente, vários temas anuais, um sinal de que o nosso mundo exige múltiplas intervenções em simultâneo. Para 2021 foram escolhidos quatro temas, que deram origem à declaração de outros tantos Anos Internacionais:

 

Ano Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil
Ano Internacional da Paz e da Confiança
Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável
Ano Internacional das Frutas e dos Vegetais

 

A coordenação deste último Ano Internacional está a cargo da FAO:


Alguns factos chave, relacionados com a produção e distribuição (citados em http://www.fao.org/fruits-vegetables-2021/en/):
Mais de 50 % das frutas e dos vegetais produzidos nos países desenvolvidos são perdidos na cadeia de distribuição, entre a colheita e o consumidor;
São necessários mais de 50 litros de água para fazer crescer uma laranja; as perdas em frutas e vegetais representam um desperdício de recursos que se têm tornado cada vez mais escassos, como o solo e a água;
Uma grande quantidade de frutas e de vegetais que estão em perfeitas condições para serem consumidos é desperdiçada ao longo do sistema de produção de comida, devido a imperfeições estéticas ou a irregularidades; físicas.

 

Fontes: sítio da Organização das Nações Unidas

sábado, 12 de dezembro de 2020

[0264] Beleza e sombra (III): as primeiras plantas com flor

Para ilustrar os primeiros grandes grupos de plantas que se reproduziram através de sementes foram referidos, na mensagem «0250», os casos das Cicas e dos Ginkgos e, na mensagem «0257», os casos dos Pinheiros, das Cupressáceas e das Araucárias.

Há cerca de 140 milhões de anos, no início do período Cretácico, uma planta que produzia sementes começou a fazê-lo a partir de flores. A família de plantas que se constituiu a partir deste passo pioneiro foi a das Magnoliáceas, tendo todas as outras famílias de plantas com flores evoluído a partir dela.
Num estudo internacional divulgado em 2017, onde se combinou matematicamente as informações sobre a estrutura e sobre a genética das plantas com flor, conclui-se que a aparência das flores originais seria próxima da que a actual flor da Magnólia tem; e deduziu-se que o percurso evolutivo dos restantes grupos de famílias terá sido, muito plausivelmente, o seguinte (no centro encontra-se a família das Magnoliáceas):



A Magnólia-sempre-verde (cujo nome científico é Magnolia grandiflora) é uma árvore originária do Sudeste do continente norte-americano e foi introduzida na Europa no século XVIII, sendo muito cultivada em jardins e parques.
As flores desta Magnólia são brancas, aromáticas e de dimensão invulgar (cerca de 25 centímetros de diâmetro), surgindo no final da Primavera. Por não possuírem néctar, a polinização é geralmente feita por escaravelhos, atraídos pelo seu aroma e pela possibilidade de se alimentarem das estruturas florais:



Os frutos estão estruturados como uma pinha (uma característica anatómica semelhante à das plantas que a antecederam), que atinge a maturidade no Outono e dispersa as sementes de cor vermelha, com a ajuda de aves e de mamíferos (à esquerda a pinha ainda fechada e, à direita, já aberta):


A família das Magnoliáceas inclui hoje cerca de 227 espécies, todas extintas na Europa há mais de 2 milhões de anos. Algumas dessas espécies, no entanto, são cultivadas por razões ornamentais: além da Magnólia, frequente em muitos jardins, públicos e privados, é possível ver um relativamente jovem Tulipeiro-da-Virgínia no Parque da Paz (na Cova da Piedade).

 

Fontes: indicações públicas prestadas no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa; livro de Bingre & outros (2007; pp. 42 e 138-140); notícia de Serafim (2017), de onde também foi extraída a imagem com a evolução das flores

Fotografias: Eva Maria Blum

Inspiração: mensagem nº 143 do blogue «Cosmovivências»

domingo, 6 de dezembro de 2020

[0263] 10 de Dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

Ao escolherem Recuperar Melhor! como tema inspirador para as comemorações deste dia em 2020, as Nações Unidas, pretendem que os Direitos Humanos estejam no centro da recuperação mundial em relação à pandemia, de modo a voltarmos a construir o mundo que queremos.

 

Esta celebração honra o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou, a 10 de Dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, então assinada por 58 Estados que visavam promover a paz duradoura após os conflitos da IIª Guerra Mundial.
Por isso, é também neste dia que é entregue o Prémio Nobel da Paz.

 

Eis, expressos de um modo sinóptico, os trinta direitos universais:

Todos temos direito a …


Na página «Documentos» deste blogue pode encontrar três versões desta Declaração: em PDF, em texto (português) e uma sinopse (português).

 

Têm sido apontados momentos da História que podem ter sido antecessores desta Declaração de 1948.
No século VI a. C., o persa Ciro, o Grande redigiu num pequeno cilindro o que será a primeira versão dos direitos humanos;
Os filósofos iluministas influenciaram a Declaração de Direitos inglesa (1689), a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão francesa (1789) e a Carta de Direitos norte-americana (1791).

 

Fontes: sítios da Calendarr (sobre a comemoração) e das Nações Unidas (os originais) e Wikipédia (sobre a história)