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domingo, 27 de setembro de 2020

[0253] O Dia Internacional da Música e as Filarmónicas da Nossa Banda

Por iniciativa da International Music Council, uma organização não-governamental fundada em 1949, o Dia Internacional da Música é comemorado, desde 1975, no dia 1 de Outubro.

 

A Educação Musical nas nossas escolas continua a ser muito limitada, apesar do interesse que os jovens têm por ela e da persistência com que os meios populares a têm tratado, como o atestam as Bandas Filarmónicas criadas e activas por todo o país desde o século XIX, até hoje.

 

Segundo o «Portal da Música Portuguesa», estarão activas na Península de Setúbal trinta e três Filarmónicas (listadas mais abaixo). Observando uma amostra dos logotipos das Associações onde estas Filarmónicas estão integradas (um logotipo por concelho) nota-se como na origem destas Associações a música ocupou um lugar central, o que é frequentemente simbolizado por uma harpa (o deus grego Apolo, que entre outras virtudes incluía a da Música, é muitas vezes representado com uma harpa nas mãos):



Concelho de Alcochete:

Sociedade Imparcial 15 de Janeiro de 1898

Ver: F

Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense (Samouco)

Ver: B | F

 

Concelho de Almada:

Clube Recreativo do Feijó 

Sociedade Filarmónica Incrível Almadense

Ver: F | S

Academia Instrução e Recreio Familiar Almadense

Ver: F | S

Banda dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas

Ver: F | V

Sociedade Filarmónica União Artística Piedense (Cova da Piedade)

Ver: F

Sociedade Recreativa Musical Trafariense (Trafaria)

Ver: Y | B | F

 

Concelho do Barreiro:

Banda Municipal do Barreiro

Ver: B | F

União Recreativa de Cultura e Desporto de Coina

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Sociedade Filarmónica Agrícola Lavradiense (Lavradio)

Ver: F

 

Concelho da Moita:

Sociedade Filarmónica Recreio Alhos Vedrenses (Alhos Vedros)

Ver: F | S

Sociedade Filarmónica Estrela Moitense

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Sociedade Recreativa da Baixa da Serra (Baixa da Banheira)

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Sociedade Filarmónica Capricho Moitense

Ver: F

 

Concelho do Montijo:

Banda Democrática 2 de Janeiro

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Academia Musical União e Trabalho (Sarilhos Grandes)

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Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro

Ver: F | B

 

Concelho de Palmela:

Sociedade de Instrução Musical (Quinta do Anjo)

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Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros”

Ver: F | S

Sociedade Filarmónica União Agrícola 1º de Dezembro (Pinhal Novo)

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Sociedade Recreativa Cultural Povo Bairro Alentejano

Ver: B | F

Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela

Ver: S | F

 

Concelho do Seixal:

Sociedade Filarmónica Operária Amorense (Amora)

Ver: S

Sociedade Musical 5 de Outubro (Aldeia De Paio Pires)

Ver: F

Sociedade Filarmónica União Seixalense “Os Prussianos”

Ver: B | F

Sociedade Filarmónica União Arrentelense (Arrentela)

Ver: B | F

Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense

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Escola de Música do Clube Recreativo da Cruz de Pau

Ver: P

 

Concelho de Sesimbra:

Sociedade Musical Sesimbrense

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Concelho de Setúbal:

Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense (Vila Nogueira de Azeitão)

Ver: B | F

Sociedade Musical e Recreativa União Setubalense

Sociedade Musical Capricho Setubalense

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Fontes: sítios do Calendarr e do Portal da Música Portuguesa

sábado, 19 de setembro de 2020

[0252] Educação Patrimonial (III)


No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é a instituição federal que tem como papel a proteção e promoção dos bens culturais do País, assegurando às gerações presentes e futuras o seu usufruto:


Em 1936, o então Ministro da Educação e Saúde do Brasil, Gustavo Capanema, preocupado com a preservação do património cultural brasileiro, pediu a Mário de Andrade a elaboração de um anteprojeto de Lei para salvaguarda desses bens. Em 13 de Janeiro de 1937, através da Lei nº 378, assinada pelo então presidente Getúlio Vargas, o Iphan foi criado.

 

O artigo 216 da Constituição Brasileira de 1988 define como património cultural as formas de expressão e os modos de criar, de fazer e de viver. O que inclui as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e, ainda, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

Para o Iphan, a educação patrimonial é constituída pelos processos educativos (formais e não formais) com foco no Património Cultural que têm como objetivo mobilizar as pessoas para a construção colectiva e horizontal de conhecimento neste campo, tendo em conta as múltiplas narrativas dos grupos formadores da sociedade brasileira. Para a apoiar esta forma participada de concretizar a Educação Patrimonial, o Iphan realiza acções como «rodas de conversa» e «inventários participativos»; e «formação de professores» nas escolas, de modo a que os alunos sejam actores na preservação do Património Cultural Brasileiro.

Na seguinte publicação do Iphan …


… encontram-se sugestões sobre o modo de concretizar esta perspectiva de Educação Patrimonial (acesso e download em: http://www.fundacaosmbrasil.org/biblioteca/educacao-patrimonial-inventarios-participativos/).


Fontes: sítio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

sábado, 12 de setembro de 2020

[0251] O relatório «Education at a Glance» de 2020

Foi apresentado no início desta semana o novo relatório conhecido por Education at a Glance, da responsabilidade da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico):

É possível aceder a esse relatório, para leitura ou download, aqui.


Uma das focagens deste estudo internacional (que apenas abrange os países membros da OCDE, embora por vezes convide mais alguns a participar) é a da escolaridade dos jovens adultos (grupo dos 25 a 34 anos). O seguinte gráfico (aqui apresentado de uma forma mais fácil de ler) é uma síntese desta focagem. Para cada país, as barras indicam os adultos que concluíram uma determinada escolaridade, correspondendo a cinzenta à Básica, a branca ao Secundário Vocacional / Profissional, a azul ao Secundário Geral e a laranja ao Superior:


Em geral, conclui-se neste estudo, os jovens adultos possuem mais anos de escolaridade que os de uma década antes

 

Fontes: sítio da OCDE

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

[0250] Beleza e sombra (I): as Cicas e os Ginkgos

Na mensagem «0177» foram identificadas algumas ruas da Nossa Banda, situadas em Corroios, no Laranjeiro e no Feijó, cujos nomes evocam a memória ou o desejo da companhia que as árvores nos fazem.

Mas: serão as árvores que nos fazem companhia, ou seremos nós que, por uns tempos, vamos fazendo companhia às árvores?

A história das Cicas e do Ginkgo mostra-nos como esta interrogação é pertinente. E é particularmente interessante.


As Cicas e o Ginkgo partilham diversas características: têm uma origem muito remota; são dioicas (uns exemplares são machos, outros fêmeas); e, apesar de classificadas como produzindo sementes (Gimnospérmicas), a viabilidade destas depende de a germinação ser imediata (caso contrário as sementes perecem).


O grupo das Cicas teve origem no Paleozoico (há fosseis com 290 milhões de anos), expandiu-se durante o Mesozoico (havia dinossauros que o tinham por alimento) e o seu retrocesso foi-se acentuando ao longo do Cenozoico (dada a concorrência das plantas com flor, pelo que, hoje, está em perigo de extinção).

As espécies deste grupo que sobreviveram não ultrapassam as centenas, e surgem espontaneamente apenas nalgumas partes do mundo. Um bom número delas só existe porque é plantado em parques e jardins, ou usado ornamentalmente em quintais e, até, em varandas.

A espécie mais conhecida é a Cycas revoluta. Tal como as outras espécies deste grupo, tem folhas perenes, parecendo-se fortemente com uma Palmeira.

Perto da Nossa Banda, os melhores locais para observar algumas destas espécies, e para obter informações sobre elas, são os jardins botânicos de Lisboa (ver informações sobre eles na página «Recurso» deste blogue):

  • Jardim Botânico da Universidade de Lisboa;
  • Jardim Botânico Tropical de Lisboa;
  • Jardim Botânico da Ajuda.

Exemplar de Cycas revoluta (Jardim dos Jerónimos, Lisboa)


O Ginkgo (Ginkgo biloba) é a única espécie sobrevivente de um grupo que teve uma origem quase tão antiga como a das Cicas (há fósseis com 270 milhões de anos).

Trata-se de uma espécie que já esteve distribuída por todo o mundo, sendo conhecidas algumas histórias que nos sugerem possuir uma enorme resistência: seis exemplares sobreviveram ao bombardeamento atómico de Hiroshima.

Contrariamente às Cicas, o Ginkgo é uma árvore plantada com alguma frequência perto das nossas casas, tanto em jardins e parques como nas ruas (é cultivado ornamentalmente um pouco por todo o mundo). As suas folhas têm uma forma muito característica (dois lobos, daí o seu nome em latim) e, chegado o Outono, antes de cair (é caducifólia), a sua cor torna-se notavelmente dourada:


Folhas e óvulos de Ginkgo biloba (Almada Velha)


Exemplar de Ginkgo biloba, com as folhas amarelecidas no Outono (Miratejo, Laranjeiro)


Caras leitoras e caros leitores: não se esqueçam de que, para identificar plantas, podem usar a ferramenta digital sugerida na mensagem «0239».

 

Fontes: jardins botânicos de Lisboa

Fotografias: Pedro Esteves